Sobre a polêmica que ganhou campo político em Alagoas, quanto a questão da Casal ter sido vendida no ano passado para a BRK , sobretudo envolvendo as cidades metropolitanas de Maceió, o prefeito Márcio Lima, de Santa Luzia do Norte/AL, afirma que sua Prefeitura elaborou um projeto estimado em R$ 18 milhões, e que teria sido apresentado a Funasa, na esperança de garantir uma obra com recursos federais. Detalhe é que com a concessão da Casal à BRK Ambiental a situação ficou mais difícil. O gestor confessa que enfrenta uma batalha, a fim de suprir as demandas existentes nos serviços de fornecimento de água e esgoto sanitário.
“Esse projeto foi apresentado a Funasa, visto que há mais de uma década a Casal não teria colocado uma vara de duto em nossa cidade”, revelou ontem, quinta-feira, 17, Márcio Lima, durante uma a assembleia ocorrida em Maceió, na sede da Secretaria de Planejamento do Estado, entre prefeitos, evento que fixou a nova partilha dos recursos da concessão da Casal à BRK Ambiental, estimado em dois bilhões de reais. Márcio espera que seu projeto apresentado junto ao órgão federal, no caso a Funasa, seja agora acatado pela BRK.
Márcio Lima destacou que Santa Luzia do Norte tem algumas peculiaridades. "Há mais de 10 anos, a Casal não coloca uma vara de duto. Fez uma obra há anos, ainda na gestão passada, que até hoje fechamos as ruas. Pois isso tem anos que a Casal não investe no município. Queremos saber o que vai ser investido, que deveria ser um dos índices a ser discutido nessa reunião", disse o prefeito Márcio Lima, que votou contrário ao plano.
Detalhes
Conforme noticiou ontem (quinta) o site Gazetaweb, a assembleia desta quinta-feira, 17, (foto baixo) definiu a nova partilha dos recursos da concessão da Casal à BRK Ambiental, cujo encontro foi marcado por duras críticas à falta de diálogo do governo Renan Filho e do desrespeito ao Supremo Tribunal Federal (STF). Com quatro votos contrários, a assembleia aprovou o plano detalhado de investimentos referente ao valor de outorga da concessão do saneamento básico da Região Metropolitana de Maceió.

A aprovação aconteceu um dia antes de a pauta ser julgada no Supremo, o que foi considerado uma manobra para evitar a derrota que é dada como certa. Os prefeitos que votaram contrariamente denunciam que os valores estão subdimensionados e apostam no STF para uma revisão.