Em 2006 Ronaldo Lessa entregou o governo ao seu vice Luís Abílio para disputar o Senado. Naturalmente seguiu o que é determinado em casos de desincompatibilização de um cargo para disputar outro.
Agora, em 2022, a possibilidade de o muito bem avaliado governador Renan Filho deixar o cargo para disputar uma vaga no Congresso Nacional vem sendo questionada por uma minoria.
Segundo fontes palacianas, alguns que se dizem defensores do 'Estado Democrático de Direito' tentam pressionar o governador para que não deixe o cargo.
Para tanto estão tentando criar a ideia, de forma jocosa, que a saída de Renan Filho (MDB) irá criar o parlamentarismo em Alagoas, uma vez que o cargo de vice está vago e a escolha de um nome cabe ao parlamento.
Primeiro, a desincompatiblização é legal, legítima, e a lei estabelece a linha sucessória.
Segundo, gostemos ou não, queiramos ou não, de todos os poderes ainda é o parlamento o mais transparente, o mais sensível às pressões e avaliações e ainda significa representação popular.
Eu, particularmente, tenho uma queda, uma tendência parlamentarista. Aliás, um monte de gente também tem.
De toda forma, a tendência maior que tenho é sobre o cumprimento do que está na legislação, portanto, sou legalista, e assim sendo, a Constituição tem que ser cumprida e ponto final.
E isso significa celebrar e defender o 'Estado de Direito', a democracia, mesmo que desagrade a quem quer que veja o mundo de forma diferente, seja ele lulista, bolsonorista, morista, cirista, comunista, extremista, ex-comunista, ou coisa alguma.
Terceiro, se defendemos o Estado Democrático de Direito e a Constituição Cidadã, então é legítima a opção do governador Renan Filho pela desincompatibilização até 2 de abril, como garante a lei.
Portanto, é justo - como também me afirmou a fonte palaciana, 'que o governador Renan Filho decida o seu futuro em paz, surfando na altíssima aprovação da sua gestão, sem criação de falsas ideias'.
EM TEMPO - Com a iminente desincompatibilização de Renan Filho (MDB), o parlamento já sinalizou para o favoritismo da indicação do nome do deputado Paulo Dantas (MDB), Líder da Maioria.