Faz tempo que essa ativista vem questionando tanto o governo do estado de Alagoas, através da SEMUDH, quanto a Prefeitura de Maceió, sobre a discussão e implementação das urgentes,necessárias e fundamentais  políticas públicas para o combate ao racismo estrutural.

As respostas do órgão do estado, difusas, confusas são embaladas por um descaso institucional impressionante. Em 3 anos de gestão o órgão nunca fez uma convocatória para uma reunião ampliada com os diversos segmentos do movimento negro, em Alagoas.

De um lado tem esse nem-te-ligo-estatal, do outro tem as multifacetadas representações do movimento negro em Alagoas, que se fazem alheias ao importante, tensionamento com o órgão articulador de políticas.

Em 3 anos de gestão não há nada relevante para ser registrado no livro preto da história alagoana. 

Por que o estado de Alagoas até essa data, de crescimentos recordes, midiáticos, não conseguiu construir um simples plano estadual de promoção da igualdade racial?

Por que a criação do Fundo Estadual da Igualdade Racial foi relegada ao lugar incômodo e descartável dos gabinetes oficiais?

E o imbróglio da desarticulação do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial que diante da conivência de tantos: governo, SINTEAL, partido político e movimento social segue feito um elefante, legitimamente, branco.

E as perguntas infindáveis iam sobrecarregando as gavetas do órgão que faz ouvidos moucos e emudece.

Como  essa atiivista não conseguiu respostas conclusivas com o órgão em Alagoas,buscamos consulta junto a SEPPIR para ter ciência sobre o andamento de preparativos para conferência local e recebo uma mensagem em áudio do representante nacional afirmando que, o estado de alagoas, optou  por adiar a Conferência da Igualdade Racial para o próximo ano, e que até sexta-feira o ofício será encaminhado a Brasília.

Em época de pandemia o posicionamento é assertivo, mas, o que nos causa inquietação é que esse foi o único momento em que a gestão, nem pestanejou, em bater do martelo e de maneira pouco democrática ( sem nenhuma consulta ao movimento, mas pra que, né?)  decidiu sozinha.

E sem choro , nem vela o estado de Alagoas, decantado em verso e prosa, como o berço da liberdade negra,  continua fazendo de conta que existe um órgão de promoção e políticas para igualdade racial e todo mundo faz de conta que acredita.

Entre esquerda e direita eu continuo preta!

Salve, Aqualtune.