Valquides Santos é o nome de batismo do jovem de 26 anos, que muitos chamam de Everton, como homenagem ao pai, exerce a função de gari.
Evandro foi ferido , acusado e preso pelos agentes do estado em Alagoas , sem provas factíveis.
Um homem preto, pobre e mora nessas periferias que de tão abandonadas, parecem invisíveis, a Vila Emater.
Você conhece a Vila Emater?
Constituída por um emaranhando de famílias que se acumulam em torno de um grande campo de areia, ou entre os becos, a Vila desponta como um arranha céu de gente desmembrada das políticas públicas.
Dentre a população desguarnecida de saúde, educação, emprego tem as mulheres-meninas-adolescentes grávidas, que já carregam 5 filhos. T. e a irmã seguem a saga da mãe. A mãe delas teve 14 filhos.
Quando o sol bate no chão do campinho levanta um calor sufocante espalhando o vendaval de uma pobreza secular e naturalizada.
O CEP de Evandro desperta suspeita, está na cartilha dos agentes do Estado:
É homem, preto, pobre? É culpado. Teje preso!
Já Durval foi morto porque era preto- assim disse o policial que o matou.
-Pensei que fosse um ladrão. Ôxe, como assim? E todo bandido suspeito é, necessariamente, preto?
Seja em Alagoas, Rio de Janeiro e no Brasil todinho, isso não é exceção. É regra.
Tod@ pret@ é um@ potencial suspeito a ser mort@ , “acidentalmente”, sem intenção de matar. E, ainda alegam legitima defesa, plenamente aceita.
Estado racista!
A mesma bala da polícia que feriu Evandro , de 24 anos da Vila Emater, em, Alagoas ,no dia 13 de janeiro, matou Durval Teófilo Filho, de 38 anos , em 02 de fevereiro, São Gonçalo, no Rio.
Você é pret@?
Levante, ou se cale para sempre. Estamos em tempos de guerra!