O estado de Alagoas, localizado na região nordeste da federação, é território decantado por conta do Quilombo dos Palmares ( Serra da Barriga), que foi referendado como um estado negro e resistiu valentemente, por mais de cem anos, à opressão eurocêntrica.

Entretanto,  pensar  Alagoas, como detentora de  um único quilombo-cartão postal é erro crasso. Somos, em torno de 73 quilombos, subalternizados pela invisibilidade institucional.

Os territórios quilombolas em Alagoas são na verdade espaços inóspitos, inabitáveis, com a flagrante ausência de políticas públicas de Estado, e o que é uma enorme controvérsia, nas terras de Zumbi, Aqualtune , Ganga Zumba e etc e tal.

Em muitos quilombos, a maioria deles, falta água de beber, pra se banhar, o desemprego é cortante e há uma capa de fulanização, indiferença e desimportância institucional.

O raciocino é lógico: se existe uma multidão de gentes pretas, os quilombos alagoanos, à margem dos direitos básicos, então essa ideia de desenvolvimento social no estado de Alagoas é uma grande falácia, né?

Ou, não?