A Justiça de Alagoas decidiu, durante audiência de custódia na tarde desta terça-feira (18), que Ruan Pamponet Costa irá responder pelo crime de estelionato em liberdade. O homem é acusado de aplicar golpes em bares e restaurantes para não pagar a conta, se passando por um jogador de futebol, em seis estados e no Distrito Federal.

Na decisão, a liberdade provisória foi concedida com uma fiança de um salário mínimo, “levando em consideração a vida pregressa, as condições de fortuna até agora demonstradas e a conduta” do réu.

No entanto, o homem será obrigado a comparecer perante o juízo processante, ainda que por remessa de carta precatória ao local de sua residência, já que informou residir em Brasília, devendo tal comparecimento se dar bimestralmente, para justificar suas atividades e, inclusive, informar eventual mudança de seu endereço.

Além disso, Ruan está proibido de sair de Maceió por período superior a oito dias, a não ser que haja prévia comunicação e autorização do juízo. Deverá, também, apresentar comprovante de endereço.

 

O caso

Ruan Pamponet Costa foi preso por estelionato na segunda-feira (17) no bar Lopana, na orla da Ponta Verde, em Maceió, após se passar por jogador de futebol e produtor musical e se recusar a pagar a conta, no valor de R$ 2.100.  

Segundo informações da Operação Policial Litorânea Integrada (Oplit), os garçons começaram a desconfiar do suspeito quando o valor da conta aumentou expressivamente. O procedimento do estabelecimento é fechar a conta ao chegar aos R$ 1.000, para que não aconteça este tipo de fraude, e abrir uma outra em seguida.  

Quando foi solicitado o pagamento para a abertura da terceira conta, o suspeito se negou a pagar e os trabalhadores do local o mantiveram lá até a chegada dos policiais.  

O homem já era procurado pela Justiça por aplicar o mesmo golpe em mais cinco estados e no Distrito Federal. 

Ainda de acordo com a Oplit, o homem cometeu delitos parecidos em outro estabelecimento de Maceió. Ele convidou uma pessoa para sair e, na hora de pagar a conta de R$ 1.400,00, disse que não tinha o dinheiro e deixou o celular como garantia de que a reembolsaria quando chegasse à pousada onde estava hospedado, mas desapareceu.  

*Estagiária sob supervisão da editoria