Em conversa ,com uma profissão da comunicação, em Alagoas,  essa ativista pontou que  as emissoras locais na hora de convidar  especialistas , das diversas áreas de atuação, para discutir  sobre as questões raciais é de suma importância,enfatizar o protagonismo do povo preto, ou seja o convite deve agregar especialistas, estudios@s pret@s, que tenham como referência a  trajetória de resistência e mobilização negra .

Falei para a jornalista que, como ativista, acho muito estranho especialistas não-pret@s serem contemplad@s para esclarecer temas, que não estão no escopo dos seus estudos e visão crítica política, reafirmando, assim, reafirmando a  hierarquização social do discurso de branc@s , mesmo que o assunto seja sobre pret@s e do legado que dialoga com universos dispares.

Foi uma conversa boa, esclarecedora, respeitosa e a jornalista ao afirmar que não conhece nenhuma cientista social, preta em Alagoas solicitou a essa ativista uma lista referencial de profissionais.

E como está na hora de mostrar nossa cara preta, nas Alagoas de Palmares,  essa ativista, coordenadora do Instituto Raízes de Áfricas, com apoio de entidades afins, investirá , em breve, na criação e estruturação de um banco de dados estadual, com a  identificação de profissionais, militantes, mulheres pretas para que possam ser vistas , ouvidas, priorizadas em diversos contextos de atuação social.

Representatividade importa, não é mesmo?

Se Palmares já não mais existe, faremos Palmares de novo.

Salve, Palmares!