Professora concursada , essa ativista foi convidada para trabalhar na sede da Secretaria de Estado da Educação, entre os anos de 2003/2004 , pelo então coordenador de ensino, Neilton Neilton Nunes. O governo era de Ronaldo Lessa. Na SEE essa ativista propôs a criação do Núcleo Temático Identidade Negar na Escola, proposta acatada por Neilton.
O Núcleo Temático Identidade Negar na Escola, o NUTINE, foi um grande dinamizador das questões raciais no estado, foi tão importante,politicamente que na gestão de Teotonio Vilela foi transformado em Gerência de Educação Étnico-Racial.
O crescimento nacional da Gerência, um projeto de Palmares, coordenado por essa ativista preta causou tsunamis profundos de insatisfação política. Uma preta, com destaque na cena política? Em Alagoas o racismo estrutural é medonho, perverso e pardo.
Passados 19 anos da implementação da Lei Federal, Alagoas, MUITO tem pouco a contar, desculpas esfarrapadas institucionais e o comodismo da sociedade civil estacaram a releitura do racismo, nos bancos das escolas.
Nos 19 anos da Lei nº 10.63903 essa ativista traz certezas de que, quando gestora pública, contribuiu para que Alagoas criasse consciência racial, além do 20 de novembro. Vai lendo:
-Alagoas foi referenciada pelo MEC como estado modelo na implementação da Lei nº 10.639/03, (2004)
-Alagoas foi o prirmeiro estado da federação a estadualizar a Lei Federal nº10.639/03,através da legislação estadual nº6.814/07, de 02 de julho de 2007.
-Realização de 33 Encontros Afros Alagoanos de Educação, com representação das escolas estaduais. Na época, Alagoas era o único estado do Brasil a oferecer formação permanente continuada em diversidade étnico-racial.
-Avanço em 70% das escolas públicas na compreensão de um projeto político-educacional que contemple a diversidade étnico-cultural
-Articulação com instituições de diferentes esferas públicas e privadas na perspectiva de garantir a execução de ações que garantam a politica de promoção da Igualdade Racial,pautadas no principio da igualdade.
-Criação de um informativo impresso, como mecanosmo de discussão,apreensão e divulgação de ações ´étnico-raciais.
-Único estado do Brasil a criar um calendário pedagógico especifíco para pautar as efemérides negras e as ações da diversidade étnico,racial
-Criação de prêmios como mecanismos de divulgação e viabilização de trabalhos e pesquisas no campo das relações de gênero e da história afro-brasileira e africana
-Realização, em parceria com a Secretaria de Educação Continuada,Alfabetização e Diversidade e com os estados de Sergipe,Pernambuco e Paraíba, em maio de 2004, do I Fórum Educação e Diversidade Étnico-Racial: A Escola e a Identidade Negra (o único no Brasil, com o caráter regional), com 390 participantes..
-Alagoas foi o 2º estado do Brasil a implementar o Fórum Permanente de Educação e Diversidade Étnico-Racial, em 08 de julho de 2004, visando construir as bases para um diálogo com outros órgãos governamentais , sociedade civil e movimento negro
-Realização de 06 rodas de diáosgs, com especificidades na temática negra,
-Realização de encontros afros-socios-educativos ( presídios e unidades socioeducativas)
-Proposição da implementação da escola de educação de Jovens e Adultos no Sistema Prisional Santa Luzia,
-Realização pioneira, em articulação com o MEC, do I Fórum Nacional da Consciêncoia Negra: Iká Kô Do.( na abertura o então secretário de educação, Fábio Farias anunciou a saída do cargo)
-Alagoas foi escolhida, por unanimidade, pelo Conselho Nacional dos Secretários de Educação para ser representante no Grupo Interministerial, criado pelo MEC para implementação da Lei nº10.639;03. Alagoas foi a unica secretaria a participar do referido grupo (agosto 2008)
-Estabelecimento de parceria acadêmica, com os embaixadores de Mocambique, Cabo Verde, Angola, Consul de Guiné Bissau, Universidade Federal da Bahia, e a Comissão de Estudantes africanos da Universidade Federal de Alagoas,
-Parcerias com a UNESCO, UNICEF, Programa Salto para o Futuro, TV Educativa (Rio de Janeiro e Alagoas).
- Dentre outras ações...