A Câmara Municipal de Maceió (CMM) protagonizou um show de falta de transparência na sessão extraordinária do dia 31 de dezembro, quando foram aprovados vários projetos com benesses para os vereadores, sem deixar claro para quem acompanhava a sessão sobre aquilo que estava sendo votado. 

Quem chamou a atenção para o teor das propostas - e votou contrário a elas - foi o vereador Leonardo Dias (PSD). 

Não fosse isso, possivelmente passaria batido o pacote que inclui o aumento da Verba Indenizatória de Apoio Parlamentar (VIAP); o aumento no número de cargos da Mesa Diretora; o aumento do duodécimo da Casa; e a criação do 13º salário para os vereadores.

Na hora da votação os projetos de autoria da Mesa foram lidos apenas pelos números ou de forma bem resumida (a exemplo: Projeto de Lei que dispõe sobre a Verba Indenizatória e dá outras providências).

Sem entrar no mérito do que foi aprovado – imagino que os vereadores tenham seus argumentos para justificar as mudanças – o mínimo era deixar claro, para o maceioense, o que estava sendo feito com o dinheiro dele.

Voltando aos números, em resumo a Câmara aumentou para R$ 84 milhões seu Orçamento Anual (um acréscimo de 30% em relação ao orçamento de 2020); criou mais 25 cargos ligados à Mesa Diretora; e aumentou de R$ 10.500 para R$ 15 mil a VIAP paga a cada um dos 25 gabinetes de vereadores. 

A CMM não quis se manifestar sobre o assunto.

Leia também: Vereadores de Maceió fecharam 2021 garantindo bolso cheio em 2022