Conheci o jornalista carioca, Cláudio Tostes, em 2018 numa viagem de metrô, no Rio de Janeiro.Íamos ambos para Copacabana participar da tradicional e resiliente marcha de Mulheres Negras.
Na época, Cláudio era assessor parlamentar (não lembro de quem), na Assembléia Legislativa do Rio, a ALERJ, e durante a viagem discutimos sobre políticas e a politica para pret@s.
Lembro que o jornalista citou uma série de projetos parlamentares propostos, sendo analisados com o fim de , equacionar a exclusão racial, principalmente nos espaços periféricos da cidade não tão maravilhosa para pret@s, pobres, favelad@s.
Essa ativista achou fantástico o cronograma de ações, logo após, (ô,dor!) o jornalista nos perguntou como é feita a ação parlamentar, com foco no racismo, em Alagoas.
E, o povo lá fora, se faz perplexo quando essa ativista afirma que, em Alagoas, a simbólica terra do Quilombo dos Palmares (é só simbolismo,MESMO!) não existem políticos/parlamentres que tenham pertença com ações prioritárias, para a desconstrução do racismo estrutural.
Que o racismo em Alagoas é lido,politicamente, como genérico: pret@s e pobres é tudo a mesma coisa, cabem no mesmo cesto da política assistencialista da cesta básica e de uns dinheirinhos para tapear, uns dias do mês.
Pensar política pública dá trabalho, né? E ainda mais para pret@s...
E, no finalzinho de 2021 Claudio me manda uma mensagem, que aciona um gatilho nessa ativista.
Em 2022, as várias representações pretas da Alagoas, precisam buscar uma unidade de luta, apesar das diferenças abissais, e discutir qual é nosso lugar de fala na política local.
Ou isso, ou continuamos um povo de um estado pardo, feito papel de embrulho.
Seja bem vindo de volta, Cláudio Tostes!