O aproveitamento dos rejeitos como pó de serra e outras sobras de material na fabricação de móveis foi tema de reunião entre o prefeito Luciano Barbosa, empresários do setor, pesquisadores universitários e gestores do Sebrae/AL e Senai/AL, no fim da tarde desta quarta-feira (24), no Centro Administrativo Municipal.

Os debates tiveram como foco principal a inovação no desenvolvimento de produtos a partir do pó de serra, rejeito da indústria moveleira e da madeira.

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desenvolveu a Tecnologia Ligno e pretende colocar a experiência pioneira em Arapiraca.

A secretária de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Rosa Lira, também participou da reunião, juntamente o empresário Sóstenes Alex, Sandes, entre outros representantes do setor moveleiro de Arapiraca.

Durante o encontro, o empresário Sóstenes Alex revelou que o setor moveleiro descarta cerca de dez toneladas de pó de serra, entre outros rejeitos, todos os meses.

Tecnologia Ligno

A inovação tecnológica foi desenvolvida pela UFMG e pelo SINDIMOV-MG, em parceria com a Universidade Federal de Uberlândia e o Sindicado das Indústrias de Marcenaria do Vale do Paranaíba.

Segundo revela o professor da UFMG, Glaucinei Rodrigues, coordenador do projeto, o objetivo da tecnologia é a geração de emprego e renda a partir da reutilização sustentável dos resíduos de madeira. O descarte de resíduos de madeira é um grande problema para a indústria moveleira.

Batizado de Ligno, o projeto desenvolveu uma tecnologia capaz de transformar o pó em produtos de alto valo agregado, como portas-copo, bandejas e luminárias. Após o encontro, o grupo voltará se reunir nos próximos dias para avançar no projeto, com o apoio da Prefeitura de Arapiraca.