Na sessão desta quinta-feira (18), o líder do governo na Câmara Municipal de Maceió (CMM), vereador Siderlane Mendonça, respondeu às críticas feitas ontem pelo vereador João Catunda, ao anunciar que estava deixando a bancada do prefeito JHC. 

Em relação a existência de uma suposta folha secreta de servidores precarizados na Secretaria Municipal de Saúde (SMS), desde o governo passado, o líder do governo adiantou alguns dados que, segundo ele, estão sendo levantados por meio de auditoria. 

“Sobre a questão dos precarizados, da folha fantasma que foi deixada como herança da gestão passada, quero dizer que o município de Maceió tinha, em 2020, 7.241 precarizados na Saúde e que, no período eleitoral - e isso será apresentado na auditoria - essa folha cresceu”, afirmou Siderlane.

Segundo ele, agora em 2021, esse número caiu para 2.392 e a folha que custava R$ 76 milhões só em 2020 passou para uma média de R$ 20 milhões.

Prometendo que, em breve, as informações detalhadas serão levadas ao Parlamento Municipal, o vereador adiantou também que, daqui a pouco “vem auditoria também na educação”: “Algumas empresas já respondem processos e poderão em breve ser responsabilizadas pelos erros do passado também”. 

Sem citar nomes, o líder do governo alfinetou Catunda ao defender que não há necessidade de convocar a secretária de Saúde de Maceió para prestar esclarecimentos na Casa, bastando convidá-la: “O problema é que começou o período político e todo mundo agora quer uma bandeirinha e de alguma forma tentar ganhar ponto com a população em cima de uma gestão que tem 80% de aprovação.”. 

Em aparte, o vereador Francisco Sales, ex-secretário de governo, Francisco Sales, em aparte, reforçou que era “um verdadeiro absurdo o que acontecia na saúde”. Classificando a questão da folha fantasma de “farra dos precarizados”, Sales disse que, na Saúde, “tinha mais motoristas do que carros”.

Também em apartes, os vereadores Leonardo Dias e João Catunda parabenizaram o líder do governo pelos dados adiantados de forma genérica e pela redução no número de precarizados, respectivamente, mas cobraram informações mais detalhadas sobre os contratos de trabalho precarizados e sobre a lotação das pessoas que seguem contratadas.  

Catunda anunciou ainda que ingressou na Justiça para ter acesso a esses dados.