Nem bem me lembro como conheci, Marcos Romão, mas, o que importa é que o conheci, um mestre de conhecimento e um interligador de mundos.
Marcos Romão, uma das mais importantes lideranças negras cariocas, foi sociólogo, radialista, ativista e responsável pela Rádio Mamaterra.
Lembro do seu convite para daqui das Alagoas ser, eu, uma correspondente da Rádio Mamaterra. Não lembro porque não aconteceu.
Em 1980, criou o SOS Racismo, na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro.
Foi o primeiro sociólogo preto brasileiro a entrar para um serviço público. Era concursado como sociólogo, na Fundação Leão XIII, base da Secretaria de Promoção Social, e de lá foi demitido em 1986 no governo de Moreira Franco. Sofreu perseguições.
Morou 21 anos fora do Brasil, na Alemanha e visionário construiu tenazmente, a primeira rede de comunicações com olhar afro-indígena e feminino a partir da Europa.
Foi o representante do Brasil na Alemanha, na Conferência Brasileiros no Mundo promovida pelo Itamaraty, em 2009.
Era um aconselhador especialíssimo e de quando em vez, nas horas dos aperreios étnicos, ainda espero uma orientação dele. Para que lado seguir?
E nesse 6 de novembro, 3 anos, após de sua passagem, o Rio, no Solar do Jambeiro em Niterói, celebra essa grandiosidade de gente/personalidade marcante, que foi, e, é Marcos Romão.
Esteja em paz, parceiro!