Depois da hecatombe de milhares e intermináveis dias, que foram, nefastos e acumularam incertezas devastadoras, muita gente já consegue articular alguns passos , além da soleira da porta de casa, enxergando as possibilidades de caminhos.

É liberdade que chama, né, não, Renan Filho?

E por falar em liberdade, meu caro, chegamos novamente a mais um novembro, o mês da desimportância institucional.

O novembro de pret@s carrega consigo, o racismo como um câncer necrosado, naturalizado e silenciado. Um racismo que se estrutura no sistema e promove uma negação coletiva, dessa outra pandemia que mata gente e dá tapa na cara de quem  ousa insurgir-se.

O racismo é um câncer social , que gargalha por entre os toques festivos de tambores,  ignorando a mortandade, a verdadeira carnificina  que assolou pret@s, quilombolas, indigenas  e as periferias invisiveis, durante o flagelo desses últimos dois anos..

Chegou, mais um novembro, e se você decidir deixar o governo dia 31 de dezembro, Caro Governador, precisamos correr contra o tempo para fechar as pautas de pretas ações que se encontram insolúveis, tem bem uns 5 anos.

E por falar nessa tua abrupta saída do governo, como ativista social,  torço para que não aconteça ( já afirmei isso ao senador). 

O grande medo que paira no ar (de verdade!) é o desarvorado fatiamento político do estado ou a descontinuidade administrativa.

E voltando a novembro, cheio dessa gente festiva, que sobe e desce à Serra, precisamos da tua caneta institucional  para que ações pontuais  se transformem em politicas públicas de estado. LEIS que  sejam implementadas, antes do descerrar das cortinas,  para que, assim,  possamos fazer de novembro uma grande herança  de saberes, que agregam, politicamente  e, principalmente,  as conquistas de luta pela equidade, o respeito à igualdade de direitos.

Já te falei que esse ano o 20 de novembro completa 50 anos?

Te espero com um cafezinho quente. Como você gosta de café?

Vamos conversar sobre novembro, Renan?

PS: É claro que vale alertar que é a hecatombe, em forma de pandemia , não acabou, apenas silenciou, um pouquinho.