Busto de Manoel André está desconhecido sem nenhuma placa de identificação
Cantado nos versos do professor Pedro de França Reis no Hino de Arapiraca como um sertanejo cheio de fé, o fundador de Arapiraca Manoel André Correia, tem o seu busto na rua do Comércio sem nenhuma identificação e o local muito mal cuidado pela atual gestão.
O sertanejo de Cacimbinhas, chegou às terras onde atualmente se localiza a cidade de Arapiraca em 1848 com toda a sua família cujas terras foram compradas pelo seu sogro Cel. Amaro da Silva Valente. O objetivo seria para cultivar mandioca em suas terras férteis.
Oito anos depois da sua chegada a Arapiraca, falecia o primeiro habitante do então povoado em 1855. Dona Maria Valente, esposa de Manoel André, vítima do cólera. Em 1864, Manoel André mandou construir a primeira igreja em Arapiraca, no mesmo local onde sepultou a esposa, ao lada da sua casa.
Anos depois a igreja foi totalmente reformada e ampliada, é a atual igreja do Santíssimo, antiga Matriz na Praça Manoel André. Pela sua importância, coragem, persistência, o fundador da cidade mais importante do interior de Alagoas merece ser melhor respeitado e reverenciado.
Pela sua coragem é importante, o reconhecimento ao desbravador que, a bem da verdade, no que pese ter sido o fundador de Arapiraca, Manoel André, é pouco reverenciado na cidade por ele fundada. Sendo lembrado apenas em uma praça que leva seu nome, que foi reformada na segunda gestão da então prefeita Célia Rocha.
Com a revitalização, seu busto com pedestal foi retirado de um local destacado e bastante visível, inclusive com uma placa de identificação da Câmara Júnior que patrocinou a construção e foi a autora da homenagem ao fundador da cidade.
É importante lembrar que na época, presidia o Capítulo da Câmara Júnior em Arapiraca, o ex-vereador e ex-deputado estadual e artista plástico Ismael Pereira. Para custear a iniciativa promoveu um grandioso evento, o “Show Monumento”, no Clube dos Fumicultores, com a presença marcante do rei Roberto Carlos, com o objetivo de angariar recursos objetivando erguer um busto em homenagem ao fundador da cidade – Manoel André.
O show foi uma verdadeira apoteose, lotação esgotada. Após pagar o cachê do famoso Rei da Jovem Guarda, foi registrado um expressivo superávit, o bastante para arcar com as despesas inerentes da obra de arte, que foi modelada em Pão de Açúcar, pelo exímio escultor/modelador João Lisboa, de saudosa memória. A obra ficou perfeita! fez jus ao talento do grande mestre alagoano, e satisfez plenamente as expectativas, e o custo justificou generosamente o benefício.