O senador Rodrigo Cunha (PSDB) tem liderado no Senado Federal as discussões nacionais sobre as mudanças e adaptações legislativas necessárias para preparar o Brasil rumo ao necessário aumento da frota de carros elétricos em circulação por todo o país. Diante do aumento excessivo dos preços dos combustíveis, e da necessidade moderna de adoção de fontes energéticas limpas e renováveis, os automóveis movidos à eletricidade têm ganhado espaço na agenda e na indústria automobilística nacional e global. E o senador alagoano vem defendendo que esta opção de automóvel esteja cada vez mais à disposição do motorista brasileiro.

Presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) do Senado, Rodrigo Cunha coordenou na última quinta-feira (21) uma audiência pública para debater o uso de veículos elétricos no Brasil. O requerimento que trouxe o debate à tona na Comissão foi de autoria do próprio senador alagoano, e os debates do encontro nortearam o que deverá ser um dos posicionamentos do Congresso Nacional sobre o tema: o de que é necessário buscar meios para superar as barreiras legais e tributárias e garantir o aumento da frota de veículos elétricos no país, uma vez que esta tecnologia precisa estar ao alcance do cidadão.

“O preço da gasolina está altíssimo e tem que ser discutido, inclusive com o governo encontrando meios de desonerar e reduzir o preço da gasolina, por exemplo. Mas, se o Brasil inteiro fica olhando apenas para o momento atual, esquecemos de olhar para o futuro. E o futuro já não está sendo mais pautado pelo combustível como conhecemos. Não é mais a gasolina, o álcool ou o diesel. O futuro, sem sombra de dúvidas, está nos veículos elétricos. Nós, no Brasil, temos muito a avançar neste caminho. Precisamos identificar onde estão os gargalos que são capazes de inibir esse avanço e atuar para que este futuro se torne realidade o mais rápido possível”, destacou Rodrigo Cunha durante a audiência.

Os carros elétricos respondem por 1,4% das vendas de veículos no Brasil. Na Alemanha, eles já são 28% da frota. Na China, 30%. O mundo atravessa uma transição bastante forte na mobilidade urbana que pode trazer benefícios econômicos e ambientais com a adoção de uma frota movida à eletricidade, uma vez que automóveis elétricos não se utilizam da combustão e não emitem gases poluentes. Além disso, eficiência do carro elétrico chega a ser de 90%, no que diz respeito ao consumo de energia. Enquanto isso, o carro comum tem eficiência de apenas 40%. Ou seja, no modelo elétrico, a energia necessária é muito menor para se fazer o mesmo esforço de deslocamento.

Participaram da audiência no Senado Federal representante do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações; do Departamento Nacional de Trânsito - Denatran; do Instituto Federal de Alagoas; e da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (AVE), entre outras lideranças envolvidas na discussão do tema. Ainda com vendas reduzidas, o mercado de carros eletrificados promete crescer a passos largos no Brasil nos próximos anos. Se atualmente a participação de carros elétricos e híbridos nas vendas não passa dos 2%, no caso do segmento de leves, a estimativa é que em 2030 eles representem de 12% a 22% dos emplacamentos totais. Ou, ainda, entre 32% e 62%, dependendo do rumo que o setor tomar no país.