Mesmo morando na Paraíba, o alagoano Flávio Luciano Nascimento Borges, 38 anos, continua na ativa no quadro da Polícia Militar em Alagoas. O nome de Flávio consta na relação dos servidores ativos estaduais, com um salário de R$ 5.062,67, segundo o Cada Minuto constatou no Portal da Transparência.
Ele foi apontado como o líder da quadrilha suspeita de fraudar concursos públicos da Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros em Alagoas, Pernambuco e Sergipe. Com as primeiras informações dadas pela Polícia Civil sobre a Operação Loki, Flávio Luciano foi identificado como ex-militar, no entanto ele vem recebendo seus vencimentos há anos com a patente de cabo da PM.
De acordo com a Polícia Civil, o acusado morava em João Pessoa em um imóvel de alto padrão. As investigações mostraram que Flávio coordenava as fraudes com ajuda de alguns comparsas e essa é segunda vez que ele é apontado como suspeito do mesmo crime.
Flávio Luciano já havia sido alvo da Operação Gabarito, na Paraíba, ação que desarticulou uma organização criminosa suspeita de fraudes em concursos público municipais, estaduais e federais.
Em nota, a PM informou que o Flávia é ex-policial militar e que ele não pertence mais às fileiras da Corporação. O licenciamento foi publicado no Boletim Geral Ostensivo (BGO) da PM do dia 14 de outubro deste ano.
Ele ingressou na Corporação no ano de 2006. Recentemente, foi licenciado “ex-officio” (por imposição legal) pelo crime de Deserção após devido processo legal, conforme prevê o Código Penal Militar e o Estatuto dos Policiais Militares do Estado de Alagoas. Deserção é a situação em que o policial militar deixa de comparecer, sem licença, à unidade onde serve por mais de oito dias consecutivos.