A fusão entre o Democratas e o PSL – que vem sendo discutida nos bastidores políticos – pode ter efeitos colaterais em Alagoas. Entre eles, fortalecer ainda mais o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas, Marcelo Victor (Solidariedade).
Apesar de se encontrar no Solidariedade, é grande a influência de Marcelo Victor nessas duas legendas. Inclusive, conforme informações de bastidores, o presidente da Casa de Tavares Bastos tem sido o principal articulador da chapa a ser formada para disputar as cadeiras de deputado estadual e federal dentro do Democratas.
Marcelo Victor é conhecido, pelos pares, por ser alguém que cumpre compromissos.
O presidente do Legislativo já abriu as portas do Democratas para nomes como os de Cibele Moura (PSDB), Bruno Toledo (PROS) e Dudu Ronalsa (PSDB).
Esses integrariam o time dos candidatos à reeleição.
Na chapa de deputado federal, Marcelo Victor trabalha para eleger alguém de sua confiança e assumiu compromisso político com o ex-deputado federal Givaldo Carimbão, que trabalha para retornar à vida pública, após ter perdido a eleição para vereador por Maceió.
Em entrevista a esse blog, quando indagado sobre a possibilidade de ir para o Democratas, Bruno Toledo nem confirmou nem negou, mas deixou claro que faz parte do grupo político no qual se insere Marcelo Victor e que qualquer mudança futura de legenda será definida de forma conjunta.
Cibele Moura – também em entrevista a esse blog – não descarta sair do ninho tucano, mas ressalta ainda ser muito cedo para qualquer discussão.
O fato é que uma fusão abre espaço até para Marcelo Victor cooptar políticos que pretendem ser candidatos em 2022, possuem mandatos (como é o caso de vereadores), mas não possuem janela.
A fusão também faz com que ele não precise descartar uma legenda sobre a qual possui ascendência: o PSL.
Logo, a fusão é um bom negócio para o presidente do Legislativo estadual. Restará saber se ela vai se concretizar ou não...
A previsão é de que a decisão seja tomada no mês de outubro. A fusão das legendas ainda aumenta o potencial econômico da sigla vindoura, pois estima-se R$ 458 milhões em fundos eleitoral e partidário.
A fusão – no âmbito nacional – também não descarta filiações. Aliás, o Democratas de Alagoas também pode assistir a desfiliações, como é o caso do deputado estadual Davi Maia que pode ir para o ninho tucano. Mas, os motivos são outros.