Em carta, o governador Renan Filho e outros 19 governadores reagiram às declarações de Jair Bolsonaro e afirmaram que, ao contrário do que vem insinuando o presidente da República, o aumento na gasolina é um problema nacional e não dos governos estaduais.
A informação foi divulgada nesta segunda-feira (20) pelo Estadão Conteúdo e repercutiu em vários veículos de comunicação.
No documento, o grupo lembrou que no último ano o preço da gasolina aumentou mais de 40%, embora nenhum estado tenha aumentado o ICMS incidente sobre os combustíveis.
“Falar a verdade é o primeiro passo para resolver um problema", alfinetaram os governadores, sem citar nomes.
Além de Renan Filho, assinam a carta os governadores Rui Costa (PT-BA), Claudio Castro (PL-RJ), Flávio Dino (PSB-MA), Helder Barbalho (MDB-PA), Paulo Câmara (PSB-PE), João Doria (PSDB-SP), Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Mauro Mendes (DEM-MT), Eduardo Leite (PSDB-RS), Camilo Santana (PT-CE), João Azevedo (Cidadania-PB), Renato Casagrande (PSB-ES), Wellington Dias (PT-PI), Fátima Bezerra (PT-RN), Belivaldo Chagas (PSD-SE), Reinaldo Azambuja (PSDB-MS), Ibaneis Rocha (MDB-DF) e Waldez Goés (PDT-AP).
Petrobras na mira
Paralelamente ao descontentamento dos governadores, segundo a coluna Radar, da Revista Veja, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP) está atento a insatisfação popular com a alta nos preços da gasolina e do gás de cozinha e, mirando a Petrobras, irá abraçar o tema como prioridade da Casa.
Ainda conforme a coluna, no legislativo federal muitos parlamentares concordam com a fala do chefe do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre a Petrobras repassar rápido demais os reajustes puxados pelo dólar.