Um biomédico foi apontado pelos estupros de dois jovens de 17 anos. Conforme os boletins de ocorrências registrados na Delegacia Especial dos Crimes Contra Crianças e Adolescentes da Capital, comandada pela delegada Adriana Gusmão, os supostos crimes foram praticados em maio deste ano, em Maceió. 

Segundo o advogado de defesa das vítimas, Ricardo Omena, os adolescentes estavam reunidos no apartamento de um amigo, localizado na Ponta Verde, em maio deste ano, quando o suspeito chegou e ofereceu carona a um dos adolescentes, até uma região da grande Maceió, no litoral Sul. Depois, o homem teria retornado e oferecido carona a outra vítima, que mora na parte alta da capital. 

Ainda conforme o advogado e os relatos feitos à polícia, a mãe do primeiro adolescente (que tinha 17 anos na data do ocorrido) a receber a carona denunciou que o filho foi abusado sexualmente pelo biomédico. No depoimento, ela contou que durante a referida carona, o suspeito parou o carro em uma rua escura “e agarrou o adolescente a força, beijando seu corpo, pegando em seu pênis e tentando fazer sexo oral contra a vontade dele”. 

No segundo BO, a responsável pelo outro adolescente relatou que, também durante a carona, o suspeito parou em um lugar desabitado, próximo a Ladeira do Óleo, começou a massagear com força os ombros do jovem e tocou em suas partes íntimas. Diante das negativas da vítima, o suspeito disse “que não era gay e aquilo era apenas uma brincadeira”. 

O homem ainda se masturbou, praticou sexo oral no adolescente e obrigou o menino a também se masturbar. No BO, a vítima frisou que se sentiu o tempo todo ameaçada e com medo de morrer. 

Ao deixar os jovens em suas casas, o biomédico pediu segredo do ocorrido. 

Foto: AL24h/Arquivo

Ainda conforme Ricardo Omena, em depoimento prestado no final de agosto na Delegacia Especial dos Crimes Contra Crianças e Adolescentes da Capital, o suspeito confirmou as caronas, mas negou o cometimento dos abusos sexuais. 

O advogado relatou à reportagem do CadaMinuto que o caso só foi denunciado em julho, dois meses após o ocorrido, porque os pais de uma das vítimas perceberam graves mudanças no comportamento do filho, que deixou de se alimentar e entrou em depressão depois do suposto abuso. Quando o menino confessou o que tinha acontecido, os pais imediatamente registraram a queixa.

“Todas as vítimas foram ouvidas, as mães das vítimas, testemunhas e o denunciado. Agora aguardaremos a conclusão do inquérito e o encaminhamento para Justiça”, concluiu Omena.