Excesso de equipamentos plugados em uma mesma tomada, gambiarras, falta de manutenção e instalações elétricas antigas são as causas mais comuns dos incêndios gerados por eletricidade. Segundo a Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), ocorrências de incêndios por sobrecarga de energia elétrica dispararam no Brasil e são as maiores dos últimos três anos.

O executivo da área de Segurança da Equatorial Alagoas, Bruno Pimentel, chama atenção para a importância de efetuar a revisão constante das instalações elétricas e também ficar atento ao excesso de equipamentos eletrônicos conectados a uma rede elétrica ao mesmo tempo.

“O uso inadequado de tomadas, plugues, extensões e benjamins compromete a fiação e ocasiona desgaste dos fios, curtos-circuitos, choques elétricos e até incêndios. Por isso, evite utilizá-los com frequência para não sobrecarregar o circuito”, aconselha.

Sobre a pesquisa

A prévia do Anuário Estatístico de Acidentes de Origem Elétrica da Abracopel trouxe dados inéditos do primeiro semestre de 2021 e também revelou um comparativo das ocorrências dos últimos três anos no Brasil.

Em 2019, a Abracopel registrou 287 ocorrências de incêndio por sobrecarga e, em 2020, 260 casos. Em 2021, o número de sinistros voltou a apontar crescimento, totalizando 288 acidentes para este tipo de acidente envolvendo eletricidade. A alta é de 11% em comparação ao mesmo período do ano anterior. 

Levando em consideração apenas o número de ocorrências com mortes, no primeiro semestre de 2021, o crescimento é ainda maior, registrando uma alta de 255% em comparação ao mesmo intervalo do ano anterior. Em 2019, 28 pessoas morreram em decorrência de incêndios por sobrecarga e, em 2020, 9 perderam a vida pelo mesmo motivo. Em 2021, o número de sinistros mais que triplicou com 28 mortos.

Saiba como identificar sinais de sobrecarga de energia elétrica

Segundo Bruno Pimentel, uma dica importante para identificar sobrecarga de energia elétrica é prestar atenção em fios, cabos e disjuntores, que devem estar adequados à estrutura do imóvel e à quantidade de circuitos e tomadas. Fios e cabos com cheiro de queimado, ressecados ou rachados, redução da luminosidade em equipamentos de grande potência, e desarme dos disjuntores também pedem atenção redobrada e acedem o sinal de alerta.

Em estabelecimentos comerciais, também é preciso ficar atento ao desempenho da rede e, caso seja necessário o aumento na demanda de energia, o recomendado é realizar o dimensionamento com a ajuda de um profissional qualificado. O acrescimento da carga deve ser protocolado e aprovado pela Distribuidora.  

“A melhor maneira de evitar acidentes com eletricidade é, sem dúvidas, a prevenção. Realizar a manutenção das instalações elétricas é se preocupar com a vida”, finaliza o executivo da Equatorial Alagoas.

*com Assessoria Equatorial Alagoas