Contam que enquanto o presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP) segura a sabatina de André Mendonça, indicado em julho pelo presidente Jair Bolsonaro para a vaga de Marco Aurélio Mello no STF, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), articula uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que aumenta de 65 para 70 anos a idade máxima para indicação de ministro do Supremo.
Essa iniciativa resgata nomes que agradam ao Congresso Nacional, ao mesmo tempo em que também não desagrada o governo federal, uma vez que estiveram na lista de possíveis indicados.
São os casos daqueles que completaram ou estão prestes a completar 65 anos, como o alagoano Humberto Martins, presidente do STJ, que faz 65 anos em outubro e o ex-presidente do STJ João Otávio de Noronha, que fez 65 anos nesta segunda-feira (30).
Caso essa PEC seja aprovada, o 'benefício' será naturalmente estendido a todo o Poder Judiciário - STJ (Superior Tribunal de Justiça), TST (Tribunal Superior do Trabalho) e juízes dos TRFs (Tribunais Regionais Federais) e TRTs (Tribunais Regionais do Trabalho), além do TCU (Tribunal de Contas da União).
E se todos esses órgão que atuam no âmbito federal serão atendidos, naturalmente que se os nos estados não entrarem diretamente na PEC a questão será certamente judicializada e implantada, porque não há sentido na existência de tal discriminação.
E de jeitinho em jeitinho, de acordo com o interesse do momento, um dia o eterno país do futuro chega lá.
Será?