O advento dantesco da pandemia alargou a bocarra do racismo, a partir da seleção natural das desigualdades sociais, que com uma fome insaciável, alimentada pelo capitalismo selvagem,abocanhou um monte de vidas e possibilidades das gentes pobres, um grande percentual da população periférica e preta.
O Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial,CONEPIR que tem o caráter deliberativo foi criado pela LEI nº 7.448 de 20 de fevereiro de 2013, com a finalidade de propor políticas de promoção da igualdade racial, tendo como público preferencial, os quilombos,comunidades indígenas, das religiões de matriz africana, etc e tal, visando o combate ao racismo, e de reduzir as desigualdades raciais , inclusive no aspecto financeiro, educacional, histórico, cultural social e político, efetivando a participação eficaz dos segmentos excluídos nas políticas públicas.
A mesma pandemia perversa invadiu os quilombos, apossou-se das periferias invisiveis, promoveu sequelas incomensuráveis, aprofundou desarranjos sociais.
E o CONEPIR , que tem 8 anos de existência, e deveria ser uma conquista do movimento de pret@s em Alagoas, arregimentou-se de tal forma, que se converteu em mero apêndice de secretaria de governo.
Enquanto uma nova hecatombe acontecia, soterrando os caminhos dos mais pobres, ( grande maioria é de pret@s), o CONEPIR agiu alheio à urgente necessidade de intervenções políticas.
Fez votos de silêncio, ou o “não-te-ligo”.
E agora tem o caso da Jane Cigana, que professa sua fé, na religião de matriz africana ,e por conta disso está interna em um hospital psiquiátrico, configurando racismo religioso.
Sim, e o Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial,CONEPIR vai fazer o quê?.
Existe?
Com a palavra as entidades da sociedade civil e governamentais que o compõem..
Existe?
Precisamos falar sobre Racismo religioso.