É uma tarde de terça-feira e estava essa ativista , na  ante sala do escritório,  à  espera do  senador Renan Calheiros.

Dentre as pessoas no ambiente se encontra o ex-deputado Francisco Porcino, 

( assessor parlamentar do senador) , que ao escutar  meu nome , encurta as distancias e faz uma aproximação empática, no rememorar caminhos e caminhada de lutas.

Trocamos lembranças e falamos de experiências únicas, depois Porcino lança o olhar para outras discussões e  se distrai em conversas alheias.

 Eu, fico por ali, resguardando impressões, prestando atenção, reinterpretando ângulos, no sentido plural.

E, com  tempo para a  escuta,  ouço alguém falar da médica Fátima Borges e  Porcino,de uma forma espontanea, exclama ,apaixonadamente:- Minha querida esposa!

E aí ouço a cantiga de uma saudade, materializada em palavras substantivas e  o suspiro do amante que abraça o tempo da eloquente ausência  e traz proximidade da lembrança, vivências, a  presença da companheira.

Ou, a saudade da sintonia de passos, nos muitos passeios no calçadão da orla de Ponta Verde e as histórias cheias de profundezas,

Maria Fátima Borges  partiu em um domingo, no mês das Marias , 17 de maio de 2020 , deixando um vácuo no coração de Porcino, que retroalimenta e celebra o amor pela esposa, como aquela inseparável companheira de jornada.

Metáforas romanticamente, poéticas , ou  a hora do amor eternizado.

Bem bonito!