Luzia Simões da Silva , a mestra Luzia Simões, nascida em Coqueiro Seco é considerada uma incansável lutadora em defesa do folclore alagoano, uma guardiã das tradições.
Coqueiro Seco é um município da região metropolitana do estado de Alagoas, e fica situado às margens da Lagoa Mundaú.
Nascida em 03 de fevereiro de 1933, na adolescência a menina se encantou pelos folguedos ,e apesar dos pais serem contra ,ela seguiu a dança.
Foi a partir da condução dos folguedos, da chegança e pastoril, imprimindo bagagens e vivencias e uma imensidão de saberes que Luzia ganhou mundos e territórios de pertença.
Luzia não foi só uma mestra, se fez fundante, um coletivo de vozes, um plural de gentes dançantes tendo como objetivo preservar a história.
Com os 40 anos de atuação à frente dos folguedos , a mestra guerreira,criou um diálogo amplo com a tradição da história, energizou a cultura , em Alagoas, numa relação geracional de continuidade.
Fundadora e mestra do grupo Baianas Voltam a Sorrir, Luzia promoveu um olhar agregador sobre a cultura dos folguedos, celebrou pessoas, estabeleceu pontes de empatia e proximidades, através da dança.
Em 2005 foi reconhecida como Patrimônio Vivo do estado de Alagoas.
E, 2020, em sua homenagem, Coqueiro Seco lançou o Prêmio Mestra Luzia Simões, pela Lei Aldir Blanc.
Era preta , a mestra Luzia, que morreu no mesmo dia e mês que nasceu , 03\02\2010 e se fez Estrela.
Talvez, como Irene preta, a mestra tenha ouvido o mesmo de São Pedro, o bonachão:- Entra Luzia. Você não precisa pedir licença.
Grande Luzia!