Faz tempos sombrios, estranhos e complexos. É audível a reverberação oca, dos silêncios acentuados.
Oi?
São tempos sangrentos de abortos abruptos de gente, que vai ali e não volta, nunca mais.
um universo remoto de dores, perdas e recolhimentos.
Desconcertantes, inadequadas.
A virulência dessa guerra desmedida faz parir uma-imensidão-de-gente-com-fome-e-mais-gente-ainda-com-sede-de-vida.
O que fizeram com nossas certezas?
E os sentimentos de proximidade e empatia?
Nos tornamos seres clau.strofóbicos, feito hiato, no meio de palavras inacabada.
Multidão suspensa, à espera de tempos bons.
No meio do caminho a moça , moradora da rua, fez germinar flores de plástico e pergunto o porquê, me responde, com um : flores de plástico, não morrem.