Com o Senado resistindo ao nome 'terrivelmente evangélico' do advogado-geral da União, André Mendonça, prometido pelos presidente Jair Bolsonaro aos empresários-pastores para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), a alternativa seria o presidente do  Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins.

Contudo, o evangélico Martins, de acordo com reportagem publicada no O Globo, teve o seu nome "praticamente descartado por conta do vínculo de amizade de mais de 40 anos com o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que se tornou o inimigo público número um do governo por conta do trabalho à frente da relatoria da CPI da Covid no Senado".

Bastidores do Senado revelam que o governo federal acredita que, mesmo com otimismo, André Mendonça não tem os votos para ser eleito -faltam ainda dois apoios dos 41 necessários para a sua aprovação.  

Além dissso, como a votação é secreta, o temor de rejeição - ou será traição? - é imenso. Ao contrário de Humberto Martins, cuja avaliação é que seria facilmente aprovado na sabatina no Senado.

Portanto, o nome para substituir o ministro Marco Aurélio de Mello, que se aposenta em 12 de julho, quando completa 75 anos, está totalmente em aberto, inclusive para surpresas, uma indicação totalmente fora do radar.