O Núcleo LGBT que está em processo de formação, no MDB em Alagoas, surge como uma provocação política que essa ativista fez, em uma conversa, no zap-zap, em 14 de abril, ao senador da república, Renan Calheiros.
- Boa noite Renan. Por que o MDB não tem um núcleo LGBTQIA+ É um partido tradicional e fechado a essa questão?
A resposta do senador foi enfática: Não, totalmente aberto, Arísia. Vamos montar.
E assim começamos um diálogo produtivo, elencando aspectos estruturais, como a invisibilidade das diversas mulheres, no processo das lutas. Mulheres lésbicas, mulheres trans, inserção da discussão sobre a discriminação intercalada ( LGBTQIA+ e a dimensão étnico/racial ) , a “gerontologia LGBT, dentre outras questões.
Dia 07 de junho, em reunião presencial, demos continuidade a pauta, que se fez robusta de pontos de vista: eu, como ativista preta à caça da implementação de políticas públicas, ele, como homem versado, nacionalmente, na política partidária.
Como articuladora falamos da importância do Núcleo ( como espaço de produção e partilha de conhecimentos) ficar sob a gestão de uma ativista, mulher trans, compromissada com a pauta. A proposta foi bem recepcionada.
Saí extremamente satisfeita com a postura do senador, Renan Calheiros e sua disposição em potencializar o investimento histórico na criação de um núcleo LGBTQIA+, meio século, após o surgimento do partido,para que discussões aprofundadas, sobre perspectivas e realidades especificas dessa população sejam , politicamente, inseridas.
Como afirmação de espaços democráticos.
Valeu, Renan!
E salve o 28 de junho, Dia Internacional do Orgulho LGBT.