Atualizada às 18h50
Nesta sexta-feira, dia 25, uma advogada foi flagrada tentando passar carregadores e chips de celulares camuflados em materiais de higiene a um reeducando preso no presídio Cyridião Durval. Advogada foi conduzida à Central de Flagrantes, onde prestou esclarecimentos à Polícia Civil.
O presidente do sindicato dos Policiais Penais, Vitor Leite disse que após detectarem o ocorrido foram tomadas todas as medidas cabíveis.
O sindicalista comentou ainda que a Ordem dos Advogados do Brasil estaria acusando os policiais penais de “plantarem” os materiais ilícitos para incriminar advogados. “Vamos deixar nosso repúdio diante desse comportamento. Isso é ridículo e leviano”, declarou Vitor Leite.
Há uma semana, outro advogado foi flagrado pelo sistema de vídeo monitoramento da Casa de Custódia, onde o profissional aparece entregando um pacote de fumo para um preso.
O preso informou que as entregas aconteciam há cerca de seis meses e que o advogado já teria entregado cartões de memória, pen drives, chips e celulares. Segundo o preso o valor de cada pacote de fumo era R$200 e por cada chip de celular o valor pago era entre R$50 e R$100. Já os cartões de memória e pen drives valiam entre R$200 e R$300.
Em nota, a Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) informou que a Polícia Penal realizou, nesta sexta-feira (25), mais uma apreensão de material ilícito que seria entregue, por uma advogada, a reeducando do Presídio Masculino Cyridião Durval e Silva, em Maceió.
O flagrante se deu após os policiais penais suspeitarem do conteúdo da embalagem, um sabão em barra. Mediante revista, a equipe se deparou com 10 chips de telefone celular e dois carregadores que estavam camuflados no item de higiene pessoal.
A advogada foi conduzida à Central de Flagrantes, onde prestou esclarecimentos à autoridade de Polícia Civil. A ocorrência também foi comunicada a 16ª Vara Criminal, Promotoria de Execuções Penais e Ordem dos Advogados do Brasil, para que se adotem as providências cabíveis ao caso.
Outrossim, a Seris esclarece que, por meio da Polícia Penal, já reforçou os procedimentos de segurança para coibir práticas dessa natureza, determinando que, a partir de agora, todas as pessoas alheias ao sistema prisional alagoano terão de passar pelo bodyscan (scanner corporal), equipamento já utilizado durante as visitas realizadas pelos familiares de reeducandos.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de Comunicação da OAB e aguarda posicionamento.