A moça conta no jornal da TV que estuda pelo celular, mas, para colocar crédito precisa ir para feira , vender  sururu.

Sururu é o nome popular de um molusco bivalve, ou seja, que é envolvido por duas conchas, bastante típico na costa nordestina do Brasil.

Às vezes -diz ela as vendas são fraquinhas e a gente apura bem pouco, aí entre comer e colocar crédito, a gente come, né? E, nesse dia não estudo nadinha e , nem faço dever de casa.

Maceió, é uma cidade rica em belezas naturais,com políticos comedores de caviar e assíduos no instagram, mas, tem um população bem pobre de marré-marré-deci.

Como a  jovem vendedora de sururu.

O  povo que tem celular, como ferramenta de comunicação, mas, conexão, permanente,  com internet  é coisa de rico. 

Maceió periférica é o templo digital de  excluíd@s, dessa gente  pobre , majoritariamente ,preta.

Gente pobre e preta. Sabe como é que é, né?

Eita, Maceió!