Alagoas é considerada a terra dos Marechais,  Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, os dois primeiros presidentes.

É também, menos visibilizada, a terra de Zumbi dos Palmares, que consta como herói, oficialmente reconhecido do Brasil , no livro livro de aço do Panteão da Pátria Tancredo Neves, localizado na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Nas Alagoas, androcêntrica, racista e extremamente conservadora, as mulheres têm papel de apêndice nos contos  das bravatas dos garbos cavalheiros, donos absolutos do poder.

Em 203 anos , Alagoas sempre, sempre foi conduzida em sua gestão  institucional, por homens eleitos pelo voto popular, por  uma população cuja maioria é composta por mulheres.

Essa equação causa estranhamento:se mulheres  soma uma parcela considerável da população alagoana de eleitor@s, por que os garbosos cavalheiros continuam concentrando poderes?

Qual a cartilha que versamos? Aquela que mulheres não tem competência de administrar um estado ,tão pequenino, quanto Alagoas?

Só pra conhecimento: Aqualtune, a princesa africana, uma preta arretada, foi a primeira comandante da  Repúblicas das Alagoas, o Quilombo dos Palmares.

Mas, é bem difícil  encontrar essa anotação nos livros de história, que pensa o poder ,a partir da visão dos vencedores e dominadores, ou seja, homens , preferencialmente, brancos.

Além, Aqualtune é mulher e preta. Sabe como é que é, né?

A região  Nordeste é composta por  9 estados , e só o Rio Grande do Norte elegeu uma mulher , Fátima Bezerra, para governadora. E ,d aí fica  a pergunta que não quer calar: depois de 203 anos, já não é hora de Alagoas eleger uma mulher, como governadora?

Senhoras feministas, se aprumem!