Ela é uma mulher preta, alagoana  dessas forjadas na luta diária pela sobrevivência. Quando engravidou estava na casa dos 20 e poucos anos. Uma gravidez inesperada e rejeitada pela família, mas, aos poucos o acolhimento familiar aconteceu.  Mesmo com o aceite da família,  a moça  estava desarvorada, o pai da criança sumiu , pensou no meio do desespero  em colocar o bebê para adoção mas, daí engraçou com um sujeito, que afirmou” criança não é cachorro para ser doada. Vamos criá-la juntos.- disse o homem.

Feliz com a nova perspectiva de vida ela embarcou na relação. Com ele teve mais dois filhos.

Foram embora de Alagoas para a região  Sudeste do país. A vida caminhava na paz, ele sempre demonstrou ser um sujeito do bem, até que resolveu estuprar a filha dela, de 10 anos.

Quando soube da agressão à filha , a  mãe leoa não contou conversa foi a delegacia mais próxima  e denunciou o marido , por tentativa de estupro de vulnerável, justificando:

-É minha filha e tenho obrigação de protegê-la.- diz ela.

A mulher  pensa em voltar para terrinha, mas, não pode sair de onde está, por conta do processo na justiça.

-Preciso dar meu depoimento sobre o caso. A sensação é de sofrimento e nojo. Ele está preso e nunca mais quero saber dele. Quero distância- diz.

Como o marido é o único provedor da casa, a mulher agora passa aperreios para pagar água,,luz, aluguel e alimentação de três crianças. E o aluguel já está perto do vencimento.

É uma luta solitária de uma mulher para manter a sanidade no meio de um dilúvio e o alimento e teto suas crias . Será que a gente não tem condições de ajudá-la ,financeiramente, com a quantia o que for possível?

A gente pode?