7:20 da manhã desta sexta-feira (4). Finalmente o General Carlos Alberto Santos Cruz usou as redes sociais para protetar nas redes sociais sobre o encerramento do caso do general Eduardo Pazuello.
É que o exército brasileiro decidiu não punir o general Pazuello por ato com o presidente Jair Bolsonaro, realizado no Rio de Janeiro, em 23 de maio.
"VERGONHA! Fui surpreendido com telefonemas e mensagens de dezenas de jornalistas sobre o encerramento do caso Pazuello. Sempre respondo, mesmo que seja para informar que nada tenho a dizer. Mas ontem não disse nada. Por vergonha.", publicou Santos Cruz no Twitter (acompanhe aqui).
Leia abaixo o texto na íntegra publicado no Facebook (acompanhe aqui os comentários) e tire as suas conclusões:
VERGONHA!
Ontem, 3 de junho de 2021, fui surpreendido com telefonemas e mensagens de dezenas de jornalistas sobre o encerramento do caso Pazuello. Em atenção ao trabalho que fazem, sempre respondo, mesmo que seja para informar que nada tenho a dizer. Mas ontem eu não disse nada. Por vergonha.
Por formação, me nego a fazer qualquer consideração sobre a decisão.
Sobre o conjunto dos fatos, é uma desmoralização para todos nós.
Houve um ataque frontal à disciplina e à hierarquia, princípios fundamentais à profissão militar. Mais um movimento coerente com a conduta do Presidente da República e com seu projeto pessoal de poder. A cada dia ele avança mais um passo na erosão das instituições.
Falta de respeito pessoal, funcional e institucional. Desrespeito ao Exército, ao povo e ao Brasil. Frequentemente, com sua conduta pessoal, ele procura desrespeitar, desmoralizar pessoas e enfraquecer instituições.
Não se pode aceitar a SUBVERSÃO da ordem, da hierarquia e da disciplina no Exército, instituição que construiu seu prestígio ao longo da história com trabalho e dedicação de muitos.
Péssimo exemplo para todos. Péssimo para o Brasil.
À irresponsabilidade e à demagogia de dizer que esse é o "meu exército", eu só posso dizer que o "seu exército" NÃO É O EXÉRCITO BRASILEIRO. Este é de todos os brasileiros. É da nação brasileira.
A politização das Forças Armadas para interesses pessoais e de grupos precisa ser combatida. É um mal que precisa ser cortado pela raiz.
Independente de qualquer consideração, a UNIÃO de todos os militares com seus comandantes continua sendo a grande arma para não deixar a política partidária, a politicagem e o populismo entrarem nos quartéis.
Carlos Alberto dos Santos Cruz