O nome tido como dos sonhos em Alagoas e que faz parte do 'pacotaço' para resgatar o DEM é o do presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, Marcelo Victor (Solidariedade). Ele é "considerado homem-chave na sucessão no berço eleitoral dos Lira e dos Calheiros", segundo reportagem da Folha.
De fato, desde que o ex-vice-governador e ex-secretário de Educação Luciano Barbosa abandonou a nau dos Calheiros para concorrer e vencer a Prefeitura de Arapiraca, que Renan Filho (MDB) sabe que o jogo da sua sucessão - caso opte por deixar o governo para disputar o Senado - depende de um entendimento com o presidente da ALE.
Porque é Marcelo Victor quem assume o governo, comanda a eleição indireta para preencheer o cargo de governador, pode ser governador eleito indiretamente para concluir o mandato de Renan Filho e ainda disputar a eleição para governador exercendo a chefia do Executivo.
É de olhos nessa perspectiva que está o DEM para se fortalecer após perder algumas de suas expressivas lideranças no Rio e em São Paulo depois do desentendimento originado a partir da eleição na Câmara Federal com a vitória de Arthur Lira (PP-AL).
É que o presidente da legenda, ACM Neto, liberou os deputados do partido para escolherem entre Baleia Rossi (MDB-SP), candidato do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e Arthur Lira (PP-AL), apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro.
Depois disso, o DEM enfrenta divisão interna, sofre baixas, ficou com o carimbo de ser bolsonarista, mas prepara o contra-ataque para eleições de 2022 através de candidaturas e oportunidades.
É exatamente isso que representa hoje para a sigla o deputado Marcelo Victor, aliado do bolsonarista Arthur Lira.
E tudo depende da decisão de Renan Filho.
É jogo sendo jogado.