Ouvi essa história em um banco de praça e por senti-la tão delicada, resolvi escrever.
Quando, ainda bem jovem, o filho resolveu sair mundo, a mãe o abençoou:- Que Deus o leve, filho amado. Te proteja nos caminhos desse mundão tão grande. Vai, filho, mas, se tiver vontade de voltar não se aperrei, nem se avexe. Volte!
O tempo passou contando os dias, o menino cresceu, viajou o mundo e tantos universos, e um dia exaurido de saudades e malas empanturradas de acúmulos, desde a poeira das estradas aos conhecimentos adquiridos decidiu voltar à casa materna.
Trinta anos voaram...
O menino, agora um homem feito, bateu no postigo da casa e gritou:- Mamãe?
A mãe, uma senhorinha tecida pelas marcas do tempo e das saudades, ao ver o filho, colocou-o no colo e sussurrou em seus ouvidos:- Bem vindo, de volta, meu filho. Eu sempre estive aqui.
E aquele homem feito se fez lágrimas, desmoronou no choro, ainda era o menino filho daquela mãe, que nunca desistiu dele.
Essa mulher preta, idosa tão simplória em seus afetos é sua mãe e a amava- pensou o homem emotivo.
Sim, ela era sua mãe e ele estava de volta..
The End!