Esvalda Bittencourt é  uma parceira supimpa, dessas gestoras , que  muitas vezes, saiu da zona de conforto para esticar olhares e descobrir possibilidades, no  partilhar  descobertas em outros universos.

Assistente social com um olhar agudo de atenções,  mergulhou na arte de dividir  diálogos e apostar em ideias  inovadoras, sempre respeitando os tempos das coisas, criando assim relações de continuidade, empatia e proximidade.

Foi uma  verdadeira instituição , que de jeitos diferentes imprimiu um caráter de intimidade, às parcerias, como uma grande companheira de aventuras

Foi Esvalda, como secretaria  de Estado de Prevenção à Violência , quem assumiu  sem titubear,  a proposta dessa preta ativista,  para a realização das oficinas de Poesia nas Unidades, como investimento de  participação dos meninos,  no Odo- Concurso Preto de Poesia para Jovens da Periferia, sob o tema: Eu jovem preto, resisto e insisto”,  idealizado pelo Instituto Raízes de Áfricas, com apoio do Governo do Estado.

Poesia não é pra gente, tia! Não sei escrever isso!- repetiam os meninos carregando ``a exaustão  o estigma naturalizado  dos estereótipos segregadores, da exclusão social

Mas, fizemos ouvidos de mercadoras e pelejamos,  embasadas nas possibilidades da  palavra que fala , sonhos e afetividades.

A oficina deu tão certo que, no final foram 30 poemas produzidos dentro das Unidades e um dos jovens socioeducando ficou entre os 6 premiados e agora,  tem seu poema  registrado em  livro.

Odo-Livro Preto de Poesia ( ainda não lançado) é o primeiro no gênero , no Brasil.

Esvalda Bittencourt pôs bastante energia no que acreditava, desafiou muros, reconfigurou processos burocráticos, escreveu  histórias substantivas, reinventou espaços,  humanizando-os,

Como ativista preta ressalto a importância do  esforço humano, político que ela produziu,em  sua gestão a frente da SEPREV buscando fortalecer o compromisso  com o cargo que assumiu.

Uniu a determinação à capacidade de articulação e  deixa um legado importante para a história das Unidades e dos meninos

E, como a vida é feita de encontros, foi uma experiência ímpar ter te encontrado nos caminhos da construção, parceira.

Obrigada!