Em Alagoas, alguns agentes da segurança pública são açodados de fúria quando fazem intervenções em áreas periféricas, consequentemente pretas, nas Alagoas da saga de luta palmarina.
As autoridades da área de segurança afirmam que essa violência gratuita não condiz com os ditames da corporação. Sim, mas, se a cartilha de regras policiais não diz isso, por que tant@s e muit@s agentes públicos reafirmam a prática pandêmica das abordagens truculentas, principalmente se for esse povo “sem eira, nem beira”.
Está sendo recorrente os episódios desse vírus da violência policial ,em Alagoas.
Costumaz.
Apreender gente que vai contra a lei é o papel constitucional dos agentes de segurança pública, mas, exibi-los como bichos jogados em pisos de carros , em redes sociais, tendo como fundo um discurso bizarro , com ecos de risos autoritários zombeteiros e justiceiros é normal?
Afinal a polícia exercita, em gentes sem poder, o papel da justiça parcial , igualzinho o tal juiz?.
Se um homem preto, pobre, periférico fosse um serial killer e arquitetasse a morte de mais de 400 mil pessoas estaria desfilando soberbo, em corredores do poder eugenista?
Estaria sendo convidado por autoridades de cidades minúsculas corroídas pela miséria para pisar no tapete vermelho da troca de benesses políticas?
A brutalidade da polícia com o povo preto, pobre e periférico é naturalizado, porque essa imagem secular da subalternidade das populações marginais está internalizada, socialmente, e devidamente aceita.
Ainda somos visto como um subpovo, invisível, incomodo e plenamente descartável.
Por que a sociedade alagoana fecha os olhos para a brutalidade de agentes da segurança pública com o povo preto, pobre e periférico?
Black Lives Matter?