Derrotado - até o momento - por não conseguir impedir a indicação do senador Renan Calheiros (MDB-AL) como relator da CPI da Covid, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sentiu o golpe e fez um aceno através de um telefonema para o governador de Alagoas, Renan Filho (MDB).

O senador já avisou e prometeu que o governo não tem que se preocupar tanto com a sua atuação nas investigações, inclusive garantindo que não será parcial como Deltan Dallagnol. “O presidente [Bolsonaro] não vai ficar no centro de nenhum powerpoint. Não haverá forças tarefas. No futuro, não quero ser condenado por ter sido parcial”, garantiu Renan.

Mas o presidente não confia e já criou uma novíssima estratégia. Em entrevista à revista Veja (leia aqui), Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação da Presidência, responsabiliza o Ministério da Saúde, no comando do general Eduardo Pazuello, e exime o presidente Jair Bolsonaro, ao revelar "que a compra de vacinas oferecidas pela Pfizer, ainda no ano passado, não ocorreu por "incompetência e ineficiência" por parte da pasta comandada pelo militar".

E de volta aos holofotes do mundo político, bastou o senador publicar em sua rede social, na noite desta quinta-feira (22), uma opinião após o julgamento no STF sobre a parcialidade do ex-juiz Sergio Moro, para milhares de seguidores mudarem o foco da questão para a CPI da Covid - também chamada de CPI do Genocídio.

E nas discussões contra e a favor, milhares de seguidores, entre eles alguns alagoanos das áreas de jornalismo, direito e até ex-políticos, publicaram  suas opiniões de forma emotiva e acalorada em alguns casos (leia aqui).