“Acho que esse não é o momento de encontrar culpados, de apontar o dedo para ninguém. Esse é o momento de correr atrás das vacinas, onde elas estiverem, e apontar a seringa e a agulha no braço dos brasileiros”. Dessa forma, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP) avaliou a determinação do ministro do STF, Luís Roberto Barroso, para que fosse instalada, no Senado Federal, a CPI da Covid-19.

Lira falou sobre o assunto nesta sexta-feira (9), em entrevista à imprensa durante a entrega, pela Codevasf-AL, de caminhões-pipa e retroescavadeiras para 11 municípios. A solenidade aconteceu em Arapiraca. 

Pontuando que a CPI “não nasce à toa”, precisa ter pré-requisitos, fato determinado, assinaturas e ocasionalidade, o presidente da Câmara questionou: “Daqui há dois, três meses esses culpados vão estar morando em outro lugar? Vão estar apagadas as provas? vão estar escondidas as evidências? Não. Então, mobilizar 20, 30 senadores em uma sala fechada enquanto o Congresso está funcionando virtualmente para fazer política? O que não precisamos no momento é politizar mais um tema”.

Lira prosseguiu frisando que, com isso, não está dizendo que quem errou não pague: “Quem errou vai pagar, e o preço de 330 mil vidas é muito alto, mas não neste momento, não dessa maneira”, prosseguiu.

O deputado federal finalizou lembrando que a CPI é “um problema do Senado”: “O pedido foi feito lá (no Senado), a decisão de instalar foi do STF e o presidente do Senado (Rodrigo Pacheco) foi bastante equilibrado, porque decisão judicial, concorde ou não, você cumpre”.