Com a revelação do indiciamento do delegado-geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira, como autor intelectual da tentativa de homicídio contra o juiz Marcelo Tadeu, novos fatos descobertos pela Polícia Federal durante a investigação foram divulgados.
Conforme documento, divulgado pela Gazetaweb, todas despesas do autor material do crime, que resultou na morte do advogado mineiro Nudson Harley Mares de Freitas, foram custeadas com verbas da Polícia Civil, além das intercepções telefônicas feitas pela PC na época do crime.
Esse material das ligações telefônicas, entre Paulo Cerqueira e o executor, Antônio Wendell de Melo Guarniere, foram ocultadas do inquérito policial apurado por Cerqueira na época. De acordo com as investigações da PF, o delegado destacou em toda a sua investigação que o alvo do atentado era o juiz Marcelo Tadeu.
Após ser contratado, Guaniere foi monitorado e orientado pela equipe de Cerqueira sobre seus procedimentos, principalmente uma mudança de chip para evitar outros grampos. Apesar de coletar essa informação, PF não conseguiu recuperar um dos áudios de uma ligação entre o delegado e o assassino, que durou um minuto e quarenta segundos.
Contratado para executar o plano, Guaniere ficou em uma pousada paga com a verba da Polícia Civil, além de receber todo monitoramento da equipe do delegado. Mesmo comas revelações, a Polícia Civil ainda não se pronunciou sobre o caso.
Relembre o caso
Às 19 horas, o dia 3 de julho de 2009, o juiz Marcelo Tadeu estava com a família no estacionamento de uma farmácia, na avenida João Davino, de onde seguiria para casa, no bairro de Guaxuma.
Próximo a ele estava o funcionário da empresa Qualitec- que prestava serviço para o Grupo Empresarial OAS- o advogado Nudson Harley Mares de Freitas. Um motociclista parou próximo a Nudson e efetuou vários disparos contra a vítima que, conforme os autos, teria sido assassinado por engano, no lugar de Marcelo Tadeu.
Júri popular
Nessa terça-feira (06), Antônio Wendell de Melo Guarniere foi pronunciado a júri popular. Ele é acusado de ser o autor material do atentado que teria como alvo o juiz Marcelo Tadeu, mas que terminou com a morte do advogado mineiro Nudson Harley Mares de Freitas. De acordo com a decisão, o réu vai responder por homicídio qualificado.