O presidente Jair Bolsonaro convidou o presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Marcelo Queiroga, para ocupar o Ministério da Saúde.

Marcelo Queiroga deixou o gabinete presidencial por volta das 18h30 desta segunda-feira e, segundo interlocutores do presidente, aceitou o convite.

A ideia é publicar a nomeação no Diário Oficial da União desta terça-feira (16).

Sendo oficializado, Marcelo Queiroga será o quarto ministro da Saúde no governo Bolsonaro, sucedendo o general Eduardo Pazuello. Antes, a pasta foi ocupada pelo ortopedista e ex-deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM) e pelo oncologista Nelson Teich.

Queiroga é paraibano e um cardiologista muito respeitado no setor. Ele tem bom trânsito em Brasília e no governo, tendo sido convidado este ano para integrar a direção da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). E já havia sido cotado para a pasta após a saída de Mandetta. 

No combate ao coronavírus, Marcelo Queiroga defende o distanciamento social e não acredita em tratamento precoce, dois pontos em que diverge dos bolsonaristas e do próprio presidente. Mas o médico é considerado uma pessoa com jogo de cintura para construir uma política de saúde que possa funcionar contra a pandemia, sem contrariar suas convicções.

Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Paraíba, é  especialista em cardiologia e tem doutorado em Bioética pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto/Portugal. Atualmente, dirige o departamento de hemodinâmica e cardiologia intervencionista (Cardiocenter) do Hospital Alberto Urquiza Wanderley (Unimed João Pessoa) e é médico cardiologista intervencionista no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, também na Paraíba.

Atuou como dirigente da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, na qual já exerceu a presidência no biênio 2012/2013, sendo membro permanente do seu Conselho Consultivo. Integra ainda o Conselho Regional de Medicina do Estado da Paraíba como Conselheiro Titular.

 

*Com Agências