Ser enigmático nunca foi a principal característica reconhecida no senador Renan Calheiros (MDB-AL). Talvez por isso tenha sido direto ao utilizar, na tarde desta quarta-feira (3), o seu estratégico brinquedo preferido - o twitter (veja aqui) - para tornar público o seu recado político.

"A estrela de @davialcolumbre reluziu nos 2 anos no Senado. Para o brilho não se tornar opaco é prudente que abdique da síndrome de Golias, do gigantismo dos filisteus. A CCJ será o estilingue nos olhos do presidente @rpsenador, uma confrontação e divisão de poder ilógicas.", afirmou o senador.

Tudo indica que Calheiros vai reaparecer com destaque no cenário político nacional como líder da maioria indicado pelo seu partido. E sua primeira e importante tarefa é evitar que o ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP) seja indicado para presidir a Comissão de Constituição e Justiça.

Para Renan, o ex-presidente aliado de Bolsonaro "precisa entender que é hora de desencarnar do cargo". Alcolumbre quer presidir a Comissão e está criando atritos com o MDB, que tem a maior bancada, 15 senadores, e que teve como último presidente Simone Tebet do MDB do Mato Grosso do SUL.