"Acho uma decisão equivocada, mas, para mim, é da natureza, do DNA histórico de um partido de direita, que agora caminha, pelo jeito, para uma aproximação maior com um governo de extrema direita", afirmou Rodrigo Maia (DEM-RJ) em seu último dia como presidente da Câmara dos Deputados.  

O motivo da revolta foi o aviso feito pelo presidente do DEM, ACM Neto, - ao próprio Maia -, durante reunião na noite de domingo (31), que, dos 31 parlamentares do partido,  16 decidiram apoiar o candidato adversário Arthur Lira (PP-AL)

Irritado com o que considerou traição do partido e um golpe do grupo ligado a Jair Bolsonaro, Rodrigo Maia ameaçou aceitar um dos pedidos de impeachment contra o presidente

O parlamentar também teria avisado a deputados que deixará o partido após a eleição das duas novas Mesas Diretoras do Congresso.

Senadores e deputados foram acionados por Bolsonaro para convencerem Rodrigo Maia para evitar que ele autorize qualquer abertura de um dos mais de sessenta processos de impeachment trancados no gabiente do presidente da Câmara.

Baleia Rossi (MDB-SP) é o candidato de Rodrigo Maia na disputa pela presidência contra Arthur Lira (PP-AL), que tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro. 

Eleição será realizada nesta segunda-feira (1º), a partir das 19h. Votação para o comando da Câmara no biênio 2021 e 2022 será secreta e presencial.

Além de Arthur e Baleia outros candidatos estão inscritos, mas não são considerados competitivos.