Após denúncias de assédio tendo como vítimas mulheres militares de Alagoas, nesta segunda-feira (31), o Ministério Público Estadual, em parceria com a Ufal, lançou o projeto “Mulheres em Segurança: Assédio não”, voltado para a área da Segurança Pública (polícias civil e militar, Corpo de Bombeiros, Perícia Oficial e Seris).

O assunto ganhou repercussão em julho deste ano, depois que a tenente-coronel do CBMAL, Camila Paiva, denunciou ter sido alvo de comentários machistas por parte de um major da PM, em um grupo de Whatsapp do qual participam outros militares.

Após a denúncia, várias policiais e bombeiras militares se uniram no movimento #SomosTodasMarias e usaram as redes sociais para denunciar episódios de assédio sexual dos quais foram vítimas, na PM e no Corpo de Bombeiros.

Durante o lançamento, a promotora Karla Padilha - idealizadora do projeto, juntamente com a professora da Ufal, Elaine Pimentel -, destacou a importância de se difundir os tipos de punições aos possíveis acusados dentro das instituições.

A fala da promotora, divulgada pela assessoria de Comunicação do MP, foi a seguinte: “Só resolvemos as coisas quando lançamos luzes sobre elas, vamos fazer rodas de conversas, entrevistas, campanhas para demonstrar que tipo de punição esses agressores que se julgaram incólumes a sofrer qualquer tipo de retaliação, dentro das corporações. É uma semente que plantamos e esperamos que germine, gere frutos, e daqui a vinte ou trinta anos, possamos dizer às nossas filhas, nossas mães, nossas mulheres que essa prática não é mais comum na Segurança Pública em Alagoas”.

Em agosto, a promotora já havia instaurado procedimento administrativo para apurar denúncias de assédio sexual na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros Militar.