Após uma reunião virtual realizada pela secretária da educação do Estado, Laura Souza com trabalhadores da educação, o Sinteal disse que vai acionar o Ministério Público. No vídeo, Laura aparece culpando os professores pela falta de engajamento dos alunos. Por outro lado, a Seduc disse que foi feito um recorte da fala da secretária fora do contexto e utilizado de má-fé.

Em nota, o Sinteal disse que Laura utilizou o espaço da reunião para fazer pressão, cobrança e ameaças, responsabilizando os profissionais pela dificuldade de frequência dos alunos.

O Sinteal repudia essa atitude, lembrando que as condições para o atendimento são obrigação da gestão. “Esses mesmo profissionais, que estão com seus salários defasados sofrendo perdas há anos, e no caso dos contratados tem uma relação ainda mais precária, estão fazendo um grande esforço pessoal para manter as atividades, já que o Estado não forneceu formação nem instrumentos suficientes para realizarem seu trabalho. Ao invés de reconhecimento e empatia recebem isso”, disse a presidenta Consuelo Correia.

O sindicato reforçou que assédio moral é crime e que vai apresentar a denúncia nos órgãos competentes para que o erro da secretária seja reconhecido e reparado.

Em nota, a Seduc se posicionou com relação ao ocorrido e disse que o vídeo, com cerca de dois minutos, foi recortado de uma reunião virtual realizada com a participação de 250 professores da rede estadual e a secretária, que teve mais de duas horas de duração. 

“Os encontros virtuais, já realizado com os alunos, e agora com os professores, têm como objetivo aprofundar o diálogo entre a Seduc, professores e alunos sobre o atual cenário da educação e os passos para retomada”, disse um trecho da nota.

Ainda em nota, a Seduc reitera que, perante a situação de suspensão das atividades escolares presenciais, se faz necessário a aplicação das atividades remotas na rede estadual de ensino. “Sendo assim, o esforço deve ser feito por todos que fazem parte da educação estadual e da sociedade civil para acolher e manter o vínculo dos alunos com as unidades de ensino e professores, reduzindo a possibilidade de evasão e abandono escolar neste período, além de contribuir para manutenção e redução de impactos da aprendizagem”.