Em Alagoas, a presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Rilda Alves, reagiu à fala do ministro da Fazenda, Paulo Guedes, na reunião ministerial ocorrida no dia 22 de abril, de que o congelamento salarial de servidores públicos durante dois anos seria uma “granada no bolso do inimigo”.
Por meio da assessoria de Comunicação da CUT/AL, Rilda lembrou que a proposta recebeu apoio dos governadores durante reunião on-line com o presidente Jair Bolsonaro, no dia 21 deste mês, e relembrou ainda que o governador de Alagoas, Renan Filho, passou três dos cincos anos de mandato sem conceder reajustes aos servidores públicos estaduais.
“Se o congelamento salarial de Guedes é uma ‘granada’, como disse o próprio ministro, o aumento da contribuição previdenciária, somado à defasagem salarial do funcionalismo estadual, é um verdadeiro petardo”, disse Rilda.
A sindicalista explicou que, desde abril deste ano, a situação do funcionalismo estadual se agravou, com o desconto de 14% de contribuição previdenciária sobre os salários. A contribuição dos servidores ativos passou de 11% para 14% por mês. Já os aposentados e pensionistas que ganhavam até o teto previdenciário não descontavam nada, mas a partir da reforma da previdência estadual, perderam 14% da renda mensal.
Para Rilda, as medidas representam um “atentado” contra a economia alagoana, devido à queda do poder aquisitivo dos trabalhadores e, consequentemente, a queda do consumo e o baixo crescimento econômico. “As medidas belicosas do ministro Paulo Guedes e do governador podem se tornar uma bomba de efeito retardado no cenário pós-pandemia”, analisou a presidente da CUT/AL.