Renan Filho irá vetar integralmente o polêmico Projeto de Lei Complementar (PLC), aprovado há mais de um mês na Assembleia Legislativa, que modifica a Lei Orgânica do Ministério Público Estadual (MP-AL), com uma série de emendas que impactam diretamente nas ações da instituição, sendo as mais controversas aquelas extinguindo grupos como o Gaeco (Combate ao Crime Organizado) e Gaesf (Combate a Sonegação Fiscal).
O anúncio foi no final da tarde desta quinta-feira (16), pelo próprio governador, em sua conta no Twitter. Segundo ele o veto se dá a pedido do MP, que deseja ampliar a discussão sobre o assunto. “Formei convicção a partir de uma reunião solicitada pelo ex-Procurador Geral de Justiça, Dr. Márcio Roberto”, destacou Renan Filho.
Entre as emendas mais polêmicas estão as que extinguem provisoriamente o Centro de Apoio Operacional (Caop) e todos os grupos de atuação especial (como Gaeco e Gaesf) e de trabalho, como órgãos auxiliares de atuação coletiva.
Em outro ponto da proposta, uma emenda aditiva estabelece o prazo de 30 dias, a partir da publicação da lei, para encerrar o exercício de qualquer atividade executiva de membro do MP que esteja sendo exercida por comissão ou em conjunto. Também fica extinta a prerrogativa do PGJ de designar outro promotor - que não àquele da promotoria de origem - para atuar em determinação investigação.
As modificações ao PLC extinguem ainda o auxílio-alimentação e o auxílio-saúde e reforça a proibição de que integrantes do MP se licenciem para candidaturas e exercício de mandato eletivo.
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