As eleições de 2020 estão por vir e Alfredo Gaspar, que é a cereja do bolo deste pleito, ainda não decidiu oficialmente o caminho a seguir. 

 

O primeiro caminho, que é o mais provável, é ser o candidato dos Calheiros, que, diga-se de passagem, desde 1988, não consegue emplacar o prefeito de Maceió, ou seja, são oito eleições consecutivas que não ganham a disputa. Portanto, vale destacar nessa oportunidade que, na eleição de 1988, Renan Calheiros perdeu para Guilherme Palmeira. Em 1992, os Calheiros apoiaram Teotônio Vilela Filho com o direito à indicação de Marcos Vasconcelos para vice, no entanto sagrou-se  vitorioso Ronaldo Lessa.

 

Em 1996, apoiaram Albérico Cordeiro e, mais uma vez, com o direito à indicação do vice que foi Dalton Dória e teve como vitoriosa daquele pleito Kátia Born.

 

Na sequência, em 2000, apoiaram Regis Cavalcante e, mais uma vez, a vitoriosa foi Kátia. Em 2004, o PMDB teve candidato próprio, que foi o médico José Wanderley, que não conseguiu chegar nem no segundo turno. Dessa forma, o eleito naquele pleito foi Cícero Almeida. Em 2008, a eleição foi praticamente uma aclamação que teve Cícero Almeida  eleito no primeiro turno, com 80% dos votos válidos. Em 2012, os Calheiros  apoiaram  Ronaldo Lessa e  indicaram Mosart Amaral para a vice prefeito e o vitorioso foi Rui Palmeira. Assim, em 2016, importaram  Cícero Almeida para ser o candidato a prefeito pelo PMDB e, mais uma vez, o vitorioso foi Rui. Se vigorar a tendência histórica dos últimos pleitos, Gaspar terá que repensar sua decisão, caso almeje a vitória. Assim sendo, vale lembrar que o desgaste do senador Renan Calheiros com os processos na lava jato, poderá comprometer o discurso de Alfredo, como um homem que fez história das mais dignas no ministério público. 

 

Dessa maneira, o caminho alternativo seria uma aliança com Rui Palmeira, que, apesar de ser um prefeito que, ao longo dos seus quase oito anos de administração não poder destacar sequer uma grande obra realizada, tem um  capital político marcado por uma gestão sem qualquer mácula de corrupção, o que lhe permite fina sintonia com o discurso de Gaspar. 

 

Um terceiro caminho seria uma aliança com o PSL, que, além de ter o maior fundo eleitoral de 200 milhões de reais para gastar nas eleições municipais de 2020, tem garantido, também, o maior tempo no guia eleitoral. Além desses dois fatores favoráveis, a aliança com o PSL deixaria Gaspar desatrelado, tanto do Governo do Estado, como do Governo Municipal, permitindo a Alfredo Gaspar a liberdade de um discurso independente. 

 

Assim, se os três caminhos não deixarem Alfredo confortável, talvez o quarto caminho seja o mais seguro, qual seja a sua confortável continuidade no ministério público, onde sempre esteve e marcou a sua história com desempenho dos mais admiráveis.

 

Enfim, o bom de tudo isso é que Alfredo Gaspar, ainda tem prazo para decidir com ponderação,  porque certamente tem a consciência de que, tomada a decisão, o caminho realmente será sem volta.