Qual o valor do seu sonho? O que lhe motiva a lutar por eles? Você já precisou desistir dos seus sonhos por algum motivo? Acredito que sim, afinal, nem sempre as coisas saem do jeito que planejamos. Não existe idade ou tempo para deixar de sonhar, é preciso se manter de pé, enfrentar os obstáculos que vier à tona e lutar por eles, pois segundo o dramaturgo inglês e poeta William Shakespeare, “nós somos feitos da matéria de que são feitos os sonhos; nossa vida pequenina é cercada pelo sono”.
Pedro Henrique Gomes da Costa, de 14 anos, atleta profissional de Jiu Jitsu, Muay Thai e MMA, além de passar por treinos intensos e uma dieta rigorosa por não ter patrocinador, ainda precisa arrumar dinheiro para participar dos campeonatos. Além dos gastos com o valor da inscrição, ele ainda precisa arcar com os custos extras como alimentação adequada e hospedagem.
Pedro contou em entrevista à reportagem do CadaMinuto que, geralmente, à noite eles sai pelas ruas do Conjunto Residencial Graciliano Ramos para tentar vender paçocas e conseguir juntar dinheiro para enfrentar os campeonatos em 2020.
Essa foi a maneira em que o atleta arrumou para conseguir juntar dinheiro e continuar seguindo com a carreira no esporte, que nem sempre é fácil. Hoje a rotina de Henrique se divide entre a escola, treinos e as vendas dos doces.
“Eu não tenho um valor fixo para revender as paçocas, eu me apresento para as pessoas, explico o porquê estou vendendo os doces e peço que eles contribuam com o que puderem, pode ser R$0,25; R$0,50; R$1,00 ou o que a pessoa puder contribuir”, disse o atleta.
Pedro Henrique contou que começou a vender paçocas e jujubas em janeiro deste ano, para poder pagar os custos de um campeonato que aconteceu em abril, incluindo mensalidades de academia, suplementos, inscrição, equipamentos e outros, para que pudesse dar continuidade na vida como atleta.
“Como ainda não consegui um patrocinador eu continuo lutando por conta própria, correndo atrás dos meus sonhos e tentando juntar o máximo que eu consigo. Tudo que a minha carreira e eu preciso na minha vida como atleta, consigo por meio das vendas”, explicou o esportista.
Ele relatou que este ano conseguiu participar de dois torneios e que apesar de todos os esforços e dificuldades, ele conseguiu ter obtive bons resultados. “Tudo isso é fruto do que ganho vendendo os doces, as vendas foram e são extremamente necessárias na minha carreira”, esclareceu Pedro.
Henrique revela que o amor pela luta surgiu em meados de 2018, quando descobriu o muay thai. “Lembro como se fosse hoje, no dia 6 de setembro de 2018, conheci o muay thai e a partir daí me apaixonei. Desde então, o sentimento pela luta sempre fala mais alto”.
Henrique conta que, quando está nas ruas vendendo os doces, muitas pessoas têm reações positivas e tem interesse em ajudar a realizar o seu sonho. No entanto, ele revela que ainda tem muita gente que acha que tudo é uma mentira, e tenta fazer com que desista do seu objetivo.
"Não é fácil, mas eu tive que aprender a lidar com essas adversidades e não deixar que essas pessoas 'negativas' abalem o seu psicológico", apontou o lutador.
O atleta contou que ao longo desse ano conseguiu arrecadar cerca de R$870 com as vendas, o que lhe ajudou a custear os treinos, inscrições e mensalidades da academia. Questionado sobre o que lhe motiva a continuar vendendo os doces, ele contou que seu maior sonho é ser lutador de UFC e não vai desistir até alcançar o objetivo, mesmo que para isso ele tenha que passar por muitos obstáculos.
Pedro aponta que quem tem um sonho não deve desistir, mesmo que a situação fique ruim e você queira parar onde está, é preciso lutar e seguir em frente. “Nunca, jamais desistam dos seus sonhos. As pessoas vão dizer que você não é capaz e que nunca vai alcançar os seus objetivos, mas continuem firmes, o seu sonho sempre estará ali esperando por você! E no final de tudo você vai agradecer porque Deus sempre esteve ao seu lado. Tenha fé que tudo vai dar certo.”, concluiu o lutador.
Quem tiver interesse em ajudar ou patrocinar o Pedro Henrique pode entrar em contato por meio do número: (82) 98809-3375.
*Sob supervisão da editoria