Ao longo da sua trajetória política, o único cargo eletivo que Divaldo Suruagy não ocupou em Alagoas foi o de vereador. A sua primeira disputa eleitoral foi nas eleições de 1965 quando foi eleito pelo PSD, prefeito de Maceió com 12.354 votos. Seu mandato seria de 1966 até 1970, contudo, renunciou ao mandato para ser candidato a deputado estadual.

Nas eleições de 1970, ingressou na Arena e foi eleito deputado estadual com 7.265 votos, ficando em 3º lugar das quinze vagas em disputa. Como deputado estadual foi líder do governo Afrânio Lages e presidente da Assembleia. Em 1974 foi escolhido como governador do Estado “cargo biônico”, pelo presidente da República Ernesto Geisel.

Suruagy poderia ter sido candidato ao senado nas eleições de 1978, porém em virtude da gratidão a Luiz Cavalcante em tê-lo nomeado com 23 anos de idade como Secretário da Fazenda do seu governo (1961 a 1966); resolveu  não disputar o pleito para o senado, pois iria se confrontar com Luiz Cavalcante. Sai candidato a deputado federal e obtém 102.108 votos, sendo a maior votação proporcional do Brasil.

Nas eleições de 1982, Divaldo Suruagy (PDS) torna-se pela segunda vez governador de Alagoas, desta vez, pelo voto direto, obtendo 257.898 votos (55,49%). Os fatores determinantes para a sua vitória foram ter ao seu alcance a máquina do governo federal, estadual e também por ter a ampla maioria das prefeituras a seu favor; além de estar protegido por uma miríade de casuísmo, como por exemplo o voto vinculado.

Nas eleições de 1986 o grupo político de Suruagy já não tinha mais a mesma harmonia das eleições de 1982. Fernando Collor que foi eleito o deputado federal mais votado naquele pleito, não estava mais aliado ao seu grupo, tinha saído do PDS e ingressado no PMDB, levando com ele várias lideranças, principalmente do interior do Estado. O governador José Tavares, que pertencia também ao grupo e que tinha pretensão de ser candidato ao governo, foi preterido, fazendo o mesmo a manter uma posição de magistrado, fator este que contribuiu para a vitória de Collor para o governo do Estado. Apesar da derrota do grupo político de Divaldo nas eleições de 1986 o mesmo foi eleito para o senado com 334.137 votos (27,63%).

Nas eleições de 1994, o governo do Estado enfrentava uma grande crise política, administrativa e financeira. A maioria da população e principalmente os servidores públicos estaduais enxergavam no senador Divaldo Suruagy a única liderança política com a capacidade de equacionar todos os problemas até então vivenciados. Suruagy ao longo de sua trajetória tinha como marca registrada, pagar rigorosamente em dia aos servidores, tendo sido eleito na eleição de 1994 para o governo do Estado com a votação de 495.646 votos (79,39%). Aquela consagração de Divaldo nas urnas fez aumentar ainda mais a esperança da população de que os grandes problemas do Estado seriam equacionados, principalmente no tocante aos atrasos dos salários dos servidores. Vale salientar que aquele momento não era igual ao de outrora quando ele foi gestor. Na época existiam as verbas a fundo perdido nas quais não se havia a exigência de justificativa da aplicabilidade das mesmas, entre elas, custeio, investimentos e pagamento de salários; tampouco existia a limitação prevista na Lei de Responsabilidade Fiscal. Sem encontrar a solução para equacionar os graves problemas do governo estadual, entre eles seis meses de salários atrasados, Suruagy renunciou ao mandato em 1º de novembro de 1997. Divaldo Suruagy na eleição de 1998 foi candidato a deputado federal obtendo uma votação inexpressiva de 14.220 votos, tendo sido o terceiro suplente na sua coligação. Assumiu o cargo de deputado federal em 2001 na vaga de Albérico Cordeiro que foi eleito prefeito de Palmeira dos Índios nas eleições municipais de 2000.

Divaldo Suruagy saiu da vida pública e entrou para a História.